Nada importa para o mercado, apenas o lucro. As florestas só têm valor como madeira ou papel higiênico; os animais só têm valor enquanto cachorro-quente ou hambúrguer. Os preciosos e únicos momentos da sua vida só têm valor enquanto horas de trabalho determinadas pelos imperativos do mercado. E esse mercado recompensa proprietários de terras por desalojar famílias, chefes por explorar funcionários, engenheiros por inventarem máquinas da morte. Ele separa as mães dos filhos, leva espécies à extinção, fecha os hospitais para abrir prisões privatizadas. Reduz ecossistemas inteiros a cinzas, cuspindo poluição e ações na bolsa. Deixado por si só, o mercado transformará o mundo inteiro em um cemitério.

Vale a pena arriscar nossa vida por algumas coisas. Mas perpetuar o capitalismo não é um deles. Se tivermos que arriscar nossas vidas, vamos arriscar por algo que vale a pena, como criar um mundo em que ninguém precise correr o risco de morrer por um salário. A vida para o mercado significa morte para nós.